09/12/2010

Planejar é Preciso ( Comercial )

Planejar é preciso


Em 1886, um alemão de nome Daimler, na tentativa de convencer seus colegas de trabalho sobre a viabilidade de investir em um novo negócio (automóveis), previu de maneira otimista o potencial de consumo desse produto em 1 milhão de unidades. Em 1997, segundo a The economist, era cerca de 600 milhões o total de automóveis circulando pelo mundo! Uma rápida nota: Daimler, mais tarde, associou-se ao Senhor Benz e, juntos, fundaram a Mercedes-Benz. Claro, venderam bem mais que o 1 milhão imaginado.

O erro – saudável – do Senhor Daimler é entendido por uma época na qual a informação e o conhecimento circulavam a uma velocidade infinitamente menor que hoje. Atualmente, uma projeção “furada” como essa seria, para ser coerente com o negócio de transportes, atropelada pela concorrência.

Assim será o futuro: cada vez mais cheio de surpresas e fatos inesperados, mas para os quais nós devemos estar preparados. Nos EUA, existem algumas pesquisas que sinalizam o pequeno comprometimento das pessoas (40%) em analisar, conhecer e pesquisar o ambiente no qual se encontram. Algo como “olhar a vida da porta da rua para fora”. Desses 40%, apenas 30% analisa as perspectivas desse ambiente no médio e longo prazos. Logo, temos a seguinte equação:
(40% x 30%) = 12%
Ou seja, apenas 12% das pessoas, nos EUA, dedicam parte de seu tempo para pensar sobre o que vem por aí. Não acho que as coisas sejam muito diferentes no Brasil. Muito pelo contrário. Em um país imediatista (em parte, por necessidade), no qual as pessoas estão mais preocupadas com o fim do mês que com o fim do ano, a próxima década ou o fim dos tempos, esses porcentuais devem ser bem menores.

Jim Collins, em recente entrevista à revista Veja, afirmou: “Existem várias forças que contribuem para a instabilidade. O mundo está mais complexo e interdependente. As empresas não são as únicas forças globalizantes... Temos ainda a marcha contínua da mudança tecnológica na medicina, na eletrônica, na bioengenharia, na computação, criando coisas que nem imaginamos...”.

De maneira geral, classifico em cinco as grandes forças que estão afetando o nosso mundo:
Tecnológica.
Política.
Econômica.
Sociocultural.
Conhecimento.
Falarei sobre essas forças na próxima edição desta e-zine. Já nos aproximamos do fim deste ano e o período entre as festas é muito propício para planos e reflexões. Devemos aproveitar toda e qualquer oportunidade para avaliar o que nos reserva o futuro. Pode ser a diferença entre agir e reagir.

02/12/2010

14 Princípios da Gerência

A Teoria Clássica da Administração' foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração.



Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios Princípios Básicos Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor:



1- Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade.


2- Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.


3- Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.


4- Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.


5-Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.

6-Prevalência dos interesses gerais - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.


7-Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.


8-Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas.


9-Hierarquia - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.



10-Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.


11-Eqüidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.


12-Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.


13-Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.


14-Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos.



Considerações sobre a Teoria Clássica Obsessão pelo comando


Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade.



Em função disso, é visto como obcecado pelo comando. A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do ambiente. Manipulação dos trabalhadores - Bem como a Administração Científica, fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores. Esse foi um esboço básico sobre administração na visão de Fayol.